Se no jogo contra o São Paulo o Flamengo não sentiu muito a ausência de Ibson por jogar fora de casa sem muita obrigação de atacar e contra um time que não vem bem, por outro lado a partida contra o Palmeiras foi um fiasco.
A defesa voltou a bater cabeça, o meio campo improdutivo e o ataque apagado. Basicamente foi assim que entramos em campo e assistimos o Palmeiras jogar.
Deu para notar demais a falta do Ibson naquele meio campo. Apesar de não ser um meia de criação, o volante era quem dava uma pitada de criatividade a esse meio campo. E mesmo quando não dava na habilidade, conseguíamos arrumar alguma coisa na base da raça do camisa 7. Quarta-feira o que vimos foi um time sem sangue, sem atitude, sem nada.
Não vou fazer como muitos e começar a colocar o Cuca contra a parede. Se para a maioria da torcida foi alguma surpresa em nosso primeiro jogo em casa sem o motor do time ficarmos tão desencontrados assim, para mim já era algo mais que esperado, embora pensasse que a gente poderia jogar melhor com Kléberson assumindo essa função de conduzir o meio campo, já que vinha em boa fase. Curiosamente este foi um dos piores em campo. Errou vários passes e jogadas que deram contra ataque ao adversário e no lá na frente nem se ouviu falar no Penta.
O que me irritou no Cuca foi o pós-jogo. Ele querendo defender o Wellinton é lamentoso. Ele é o que se tem no momento, mas se estamos nessa situação de ter que ver esse bonde em campo, o treinador é um dos culpados, pois também acreditou que o Fábio Luciano poderia continuar e não botou pressão na diretoria para ir atrás de um zagueiro logo. Se a cada burrada que o menino fizer ele quiser comprar o barulho, é certo de que nem ele nem o Wellinton farão parte do time no final do Brasileirão.
Até concordo que no primeiro gol deles, houve a falta na roubada de bola, mesmo assim querer brigar mano a mano com um jogador malandro como o Ortigoza daquela forma é fatal. Por que não deu bico na bola para fora? Não, preferiu se complicar.
Nossos laterais, coitados. Talvez a pior partida do Everton Silva e uma das piores também do outro Everton. Se o Adriano queria que cruzassem para ele marcar, deveria ter combinado isso com o time do Palmeiras primeiro. E por fim, o ataque que tinha tudo para ser arrasador até umas rodadas atrás, acabou sendo refém mais uma vez de um time muito errante nos passes e sem nenhum poder de fogo que pudesse deixar os homens de frente em condições de finalizar.
Depois dessa derrota dentro de casa, a única coisa que salvou um pouco minha noite e finzinho de semana foi a perda da Libertadores do Cruzeiro. Pena que lá mesmo dando um vacilo imperdoável já que culminou na perda de um título importante, eles tem elenco e força suficiente já demonstrada para se recuperar do baque e mesmo bem distantes do líder no Brasileirão, chegarem à disputa do título. Do Flamengo não se pode falar o mesmo. Cada derrota imagina-se o pior no próximo jogo simplesmente porque as derrotas aqui são patéticas. Os caras não dão nenhuma resistência aos adversários, não há superação. O time se entrega no decorrer do jogo. Às vezes consegue arrumar algo na base do desespero, mas organização tática, jogada ensaiada, tabela ou até mesmo uma falta bem batida que resulte em gol não se vê em nenhum momento.
O próximo jogo pode ser de vida ou morte para Cuca. Se as duas goleadas fora de casa não foram suficientes para sua demissão, creio que dependendo da forma como o time jogar e o resultado do jogo não for outro senão a vitória diante do Botafogo, dificilmente ele resistirá no cargo. Ganhando, acho que tem uma sobrevida, porém pelo andar da carruagem só irá adiar o fim da sua passagem pela Gávea. Até que bate uma curiosidade mesmo em saber o que pode ser desse time com um novo treinador, embora eu ainda ache que mais uma vez técnico não seja o grande responsável pelos nossos altos e baixos tão constantes ano após ano.
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