A situação do Flamengo no campeonato brasileiro está longe de ser das piores, mas também não é nada animadora no que diz respeito à disputa do título. Não que tenhamos times à nossa frente jogando um futebol maravilhoso. Na verdade o equilíbrio da competição reflete na diferença de pontos entre o primeiro time da zona de rebaixamento e o que abre o G-4. Isso também acaba indicando que uma vitória pode levar ao céu ou uma derrota pode gerar princípio de crise, o que constantemente acontece na Gávea quando o resultado não é positivo.
Por enquanto o Cuca ainda pede paciência e diz que o trabalho (que por enquanto não rendeu grandes frutos) não pode ser jogado fora de uma hora para outra. Concordo. Realmente é preciso um trabalho a longo prazo para que as coisas venham fluir. Acontece que para ele Cuca, uma derrota em casa como aquela para o Palmeiras pode ter sido apenas a 6ª derrota do time sob o seu comando na temporada. De fato, foi. Mas para a torcida que já vem há 2 anos batendo na trave no Brasileirão e há 16 sem ver o brilho do caneco nacional, qualquer resultado negativo por mais normal que seja, se torna motivo de decepção por tamanha instabilidade da equipe nos últimos anos em todos os campeonatos de expressão que disputa.
Decepção esta que vem aumentando a cada mês que passa e a gente vê o time com perspectivas cada vez piores. Começamos o ano conquistando o Estadual e com um elenco que acrescido de um atacante do porte de Adriano, certamente teria chegado à final da Copa do Brasil, senão conquistado essa competição. Começou o Brasileirão e com a vinda do Imperador uma luz no meio do caminho voltou a aparecer. A imprensa nos colocou de novo na briga pelo título embora de forma ainda acanhada. Com o gol do camisa 29 – (27, 92, 90, 100, 9) - e agora 10 em sua estréia; e a presença da equipe nas primeiras colocações, a torcida se convenceu de vez que este seria “o ano”. Convencimento que foi ficando pelo caminho no decorrer das rodadas onde o time passou a sentir demais a presença de um zagueiro de porte e tomou duas goleadas que abalaram demais as estruturas do clube. Mesmo assim dentro do Maracanã ainda não havíamos perdido e nada como um jogo dentro de casa para a recuperação. Vencemos o Inter aqui no Rio e o sonho do Hexa pareceu ressurgir. Depois disso temos tido altos e baixos que não dão mais para ter grandes aspirações na competição. Atenção. Estou falando de momento, talvez isso mude no decorrer das rodadas. Contudo, com a saída do Ibson, um jogador referência no elenco e que se tornou líder do grupo em todos os sentidos principalmente após a aposentadoria do Fábio, o que passamos a ver é um time totalmente perdido, desordenado e sem nenhuma pinta de que vá chegar vivo na zona de respeito da tabela nos jogos finais.
Como disse Emerson, muita coisa precisa melhorar. É bom mesmo que tenha essa consciência e que ela permaneça nas derrotas e nas vitórias, o que não é corriqueiro na Gávea. Enquanto isso é bom que agradeçam os protestos pacíficos da torcida e a tola esperança nossa de que a qualquer momento vamos engrenar como num passe de mágica ou numa simples troca de técnico, o que na verdade é pura ilusão quando comparamos o atual momento com anos anteriores. Nesse ritmo de ganha dois perde um, ganha um perde dois, é melhor já ir encomendando a faixa do ‘quase’ de novo e se considerar no rol dos coadjuvantes do Brasileirão bem como Goiás, Sport, Coritiba e outros. “Até quando meu Pai, até quando?”
4 comentários:
Ótimo texto Eduardo. Realmente você não deixou passar nada no seu comentário sobre o Flamengo de 2009.
Tudo que vc esreveu é absolutamente verdade. É o que acontece no Flamengo. E é o que eu vejo também.
SRN
Bom texto! Concordo com o que foi escrito. Ate quando o Flamengo vai ser um time instável, irregular, que não consegue ter uma sequência de boas partidas?
Ótimo texto.Resume a temporada 2009 do Flamengo.Irregularidade.
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