Empatar com o Fluminense nesta oitava rodada do Brasileirão definitivamente não foi um bom negócio para o Flamengo. Numa partida feia no primeiro tempo e melhorzinha no segundo – porque nós passamos a jogar um pouco melhor – a maior atração da noite ficou por conta do time de basquete que apareceu no gramado do Maraca diante da torcida no intervalo de jogo, o que empolgou mais que o próprio clássico que estava sendo jogado. Com faixas, cantos e aplausos, os guerreiros do Fla-basquete foram reverenciados e sentiram um pouco mais do carinho que a nossa torcida aprendeu a criar por eles. Sorte a deles, porque bem que o time de futebol queria estar no lugar, mas ultimamente vem tendo atuações que passam longe de empolgar alguém, sobretudo a do jogo em questão.
É evidente a dificuldade que o Fluminense tem desde o campeonato carioca em fazer a bola sair da defesa para o ataque se for marcado sobe pressão. E o que o Flamengo faz? Começa a marcar no seu próprio campo e às vezes permitia o adversário chegar até a frente da grande área com a bola, sorte é que o último passe deles nunca conseguia chegar ao Fred. Por outro lado, numa noite apagadinha do Ibson e de nossos irregulares laterais, o nosso time quase não criou na primeira etapa e o jogo não fluiu nem para um lado, nem para o outro. Feio de se ver para um clássico com a fama de um Fla-Flu. Os 85% dos rubro-negros de um total de 44 mil presentes ao estádio mereciam ver do nosso time uma partida melhor, principalmente tendo visto o que os tricolores jogaram e vem jogando até agora.
Tudo bem que a gente também ainda não se acertou no campeonato, mas temos um time bem melhor montado técnica e taticamente que eles. Era só apertar um pouco mais e caprichar nos horrorosos passes - que por vezes viravam chutões para frente dos zagueiros - que a vitória sairia fácil.
Até que o aproveitamento foi melhor no segundo tempo, com volume de jogo maior, atacamos mais, porém não aproveitamos as poucas chances claras de gols que tivemos e por fim o enjoado empate acabou sendo um castigo justo.
Se eu fosse o Cuca não teria ficado tão conformado com a atuação do seu time e o zero a zero do jogo que representou um distanciamento em relação aos líderes que poderia ter sido encurtado se tivéssemos conquistado os três pontos, já que o Atlético-MG perdeu e como era esperado, começou a mostrar sua aptidão para levar o troféu cavalo paraguaio da vez.
Das oito equipes que jogamos no campeonato até agora, cinco delas (Coritiba, Sport, Fluminense, Avaí e Santo André) estavam atrás de nós na classificação quando as enfrentamos. Dessas, duas pertenciam à zona de rebaixamento e somamos apenas 5 pontos dos 15 disputados, aproveitamento de aproximadamente 33%. Muito pouco para quem pretende conquistar o hexacampeonato. Estamos desperdiçando pontos bobos como os que deviam ser conquistados no clássico que certamente fará falta futuramente. E não adianta estar invicto em casa tendo só uma vitória em três jogos se por outro lado quisemos ressuscitar equipes que estão capengando na competição.
No meio campo, Kléberson volta da seleção e deve melhorar um pouco a falta de criatividade. Cuca ainda não conseguiu repetir no Brasileirão a eficiente escalação do time que enfrentou o Inter na Copa do Brasil e não rendemos o mesmo que vínhamos rendendo desde então, o que mostra a falta de algumas peças de reposição como na nossa zaga.
Com o fim da participação dos times que estão na Copa do Brasil e na Libertadores, todas as atenções serão voltadas ao campeonato nacional e a disputa vai ficar cada vez maior. É bom o Flamengo pisar logo no acelerador enquanto a distância para o líder ainda é alcançável antes que a parada comece a ficar estreita. Lembrando que o aproveitamento pouco regular do time de Cuca e o troca-troca de técnicos das últimas semanas podem motivar a diretoria rubro-negra a entrar nessa onda e promover uma mudança dessas a qualquer momento.
Um comentário:
Na comuna:
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