Saudações Rubro Negras!

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4 de maio de 2009

OBRIGADO!


Não teve síndrome de América-ME e muito menos a sina de azarento do Cuca deu as caras. Hoje o Flamengo é o time mais feliz do Rio de Janeiro e o Cuca é o técnico mais pé quente do país. O enredo do Tri não mudou. Como sempre um jogo cheio de fortes emoções e um grande herói. Após o jogo, lá no Maraca mesmo pensei logo: “Agora vão pegar no meu pé na comunidade do Flamengo e jogar na minha cara o dia de hoje sempre que eu voltar a dizer minhas opiniões em relação ao Bruno” (quem me conhece sabe que opiniões são essas). Quem me conhece sabe também que o dia que tivesse que elogiá-lo, assim eu faria. E isso não é ser incoerente ou “dois papos” como diria os malandros aqui do morro. Isso também não quer dizer que minhas teses mudaram da água para o vinho. É preciso reconhecer sua belíssima atuação nessa final, mas num todo, pra mim ainda falta um caminho considerável para chegar à seleção, por exemplo.




E por falar em chegar, ontem o time me surpreendeu de início. Chegou chegando na partida com um início arrebatador, emplacou logo 2x0 no MVE - Mini Vice em Evolução - e deu a entender que esculacharia geral. No intervalo comentei para mim mesmo que estaria muito bom para ser verdade a vantagem conquistada nos primeiros 45 minutos. Que seríamos Tri não tinha dúvidas, porém da forma fácil fácil como estava acontecendo não me cheirava bem. E para minha surpresa e acredito que de grande parte da torcida ainda presenciávamos a bela atuação de Kléberson com dois gols e nenhum chute torto de longa distância. Realmente o primeiro tempo vinha sendo um tanto quanto atípico, mesmo com os desfalques da cachorrada.




Mas como uma boa final envolvendo o Flamengaço tem que ter uma dose de sofrimento e angustia, o inesperado aconteceu e na segunda etapa permitimos o empate e por pouco a virada. Tudo porque o time recuou ao invés de voltar com a mesma pegada. Uns creditam a culpa ao Cuca pelo relaxamento na etapa final. Eu já não creio que este seria ‘O vilão’ caso perdêssemos o jogo. O time recuou porque quis e não porque alguém mandou. Pelo que se conhece do Cuca, com sua filosofia de times bastante agressivos (mesmo que no momento não tenha material humano para tanto), duvido muito que ele tenha mandado recuar daquele jeito. Porém isso agora já não importa muito, então prefiro crer em sua justificativa na entrevista coletiva quando disse que o time não entendeu a nova postura tática do Botafogo no segundo tempo e por isso ficou perdidão em campo. Mas enfim, o fato é que tudo acabou por ser decidido nos tiros de 11 metros.




Apesar das minhas opiniões muitas vezes divergirem da maioria em relação ao Bruno, uma coisa acho que todos concordam. Se a decisão fosse para as penalidades como aconteceu, nossa tranqüilidade seria bem maior que a deles, pelo menos no que diz respeito aos goleiros, pois a distância do Bruno para o Renan é imensa. Por isso, desde que o árbitro apitou o final de jogo o Mengão já colocou uma mão na taça. E para colocar as duas, bastou ‘o melhor goleiro do Brasil’ (não acredito que estou falando isso... hahaha) pegar duas cobranças, se consagrar com papel de destaque na história do clube e junto com a Nação correr para o abraço.




Como muito bem disse o ‘fenômeno’ Ronaldo Angelim, nada mais justo e merecido que esse título fosse para a Gávea, pois o destino seria muito cruel se a galera do ‘mosaico amarelo’ saísse sorrindo do Maraca. Não podia dar outra. O chororô não podia parar antes do Penta Tri do Mengão. E não dá para deixar de citar mais uma vez o nosso show nas arquibancadas. Primeiro a nossa torcida engoliu a dos chorões e só não tivemos parte da amarela deles destinada a nós por recusa da nossa própria torcida, pois a PM cogitou essa possibilidade ao perceber que tinha muita gente sufocada no lado rubro-negro. Depois, o que foi aquilo que a Urubuzada fez? Nunca vi nada parecido. Resumindo: um exemplo a ser seguido pelas outras organizadas do Fla e do país. Simplesmente fodástico! Quanto à essas outras organizadas, apesar de não terem proporcionado tamanha surpresa, não deixaram de ser belas como de costume e juntas fizeram toda a Massa empurrar o time atrás desse caneco.



Aos demais, comissão técnica, massagistas, enfim, a galera que trabalha nos bastidores e faz nossos guerreiros correrem por nós, vai meu muito obrigado. E aos protagonistas dessa histórica conquista, os jogadores, também deixo meu OBRIGADO em letras garrafais. OBRIGADO por fazerem felizes milhares de flanáticos espalhados por esse mundo.
“Eu teria um desgosto profundo, se faltasse o Flamengo no mundo”.

Eduardo Matheus

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