No papel, é inegável que o Inter tem um time melhor que o nosso, sobretudo na parte ofensiva. Do meio para trás nem digo tanto assim. Pra mim nossos laterais, volantes e zagueiros não devem nada aos do Colorado, desde que o Wellinton não volte a falhar, pois qualidade ele tem, mas confio no crescimento do garoto na hora da decisão.
Porém olhando para a trajetória das duas equipes até aqui, não vejo grande vantagem do adversário assim. Confira abaixo:
Por isso, apesar de parte da imprensa estar tratando o Flamengo como o patinho feio da história por enfrentar uma equipe muito bem compactada e com o melhor ataque no ano, os resultados comprovam que o Inter não é esse bicho de sete cabeças todo que consideram, pelo menos por enquanto na Copa do Brasil, principalmente fora de casa. Perdeu para o União-MT na estréia e não conseguiu eliminar a partida de volta contra o Guarani, adversários tão fáceis ou até mais fáceis quanto os que nós pegamos.
Só não estão fazendo ainda mais pouco caso do Fla porque sustentamos um bom retrospecto eliminando a equipe gaúcha na competição por duas vezes (1996 e 1997). Esse não-favoritismo nosso até certo ponto é animador, pois no passado recente não lidamos muito bem quando fomos considerados favoritos. Sem a badalação da imprensa é quando nosso time mais cresce em campo e hoje temos a chance de fazer isso. Uma oportunidade de ouro para jogadores como Emerson, Kléberson, Zé Roberto, Everton e o jovem Wellinton mostrarem seu valor.
Para isso não podemos entrar na onda da maioria e se apequenar diante da nossa torcida. A missão não será fácil, mas o time precisa se impor, jogar como Flamengo, abrir o placar e não tomar gols. Se do lado de lá têm vários grandes jogadores, aqui também temos quem cresce em decisões e pode fazer a diferença. Bruno, Juan, Ibson e Angelim merecem respeito e nossa total confiança. O Cuca, caso não consiga efeito suspensivo, pode dar mais sorte e observar melhor a equipe de cima, nas cabines. Aliás, para quem é supersticioso, com o Cuquinha a gente ainda não perdeu e estamos a cinco jogos sem derrota dentro do Maraca. Isso tudo não conta tanto depois que a bola rolar. O que vai ser colocado à prova é a nossa raça, determinação e estratégia. E para começar bem a temporada pós campeonato estadual, a primeira e grande batalha também será travada com a camisa 12.
Edu Matheus
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