2º semestre: Por que aposto no Urubu?

O Brasileirão começou, teve suas 7 rodadas iniciais, com jogos em sua grande maioria de baixo nível técnico e com pouca presença do torcedor. Na verdade, toda a expectativa para o Nacional está no pós Copa do Mundo, o que faz a nossa ansiedade ficar inconstante, principalmente por causa do que vimos nesses primeiros jogos. No caso, a “última impressão” foi a que ficou. Para alguns poucos times, essa impressão foi animadora. No entanto a maioria dos torcedores não ficou satisfeita com o que viu. Nessa maioria é onde nós flamenguistas estamos incluídos e, como torcida mais exigente, cobramos um time de respeito para a sequencia do campeonato.

A chegada de Zico como diretor-executivo responsável pelo futebol do clube renovou o ânimo da torcida após um primeiro semestre aquém do que esperávamos. Mas, ao contrário de cartolas antecessores, o Galinho chegou de mansinho, com os abençoados pés no chão. Para a alegria de muitos e desconfiança de outros tantos, o discurso primordial e principal foi sobre a reestruturação e profissionalismo do clube, continuação e conclusão das obras do Ninho do Urubu. 

Os que estavam acostumados com Kleber Leite e Cia esperavam um discurso cheio de fanfarronice com promessas e mais promessas de jogadores medalhões e conquistas expressivas. Felizmente Zico não é desses e seu estilo muito me agrada. Como poucos, pensa a longo prazo. Preza pela estrutura, coisa que pouco pôde desfrutar enquanto jogador, mas que ao longo de sua carreira como técnico e administrador, entendeu que este é o principal ingrediente para a formação de bons jogadores e sucesso dos atuais.

Não significa que este ano teremos um time fraco e sem chances de disputar o Hepta. O nome de Arthur Antunes Coimbra incorporado a gestão do futebol não nos permite ficar em posições medíocres da tabela, por isso, a torcida pode confiar que contratações serão feitas e o Mengão voltará pronto para derrubar qualquer cavalo paraguaio que esteja à nossa frente e afundar de vez os que se encontram abaixo de nós. 

Jogadores inteligentes já demonstraram interesse em voltar, outros preferiram acertar com a arcoirizada. Sem mimimi. De gente oportunista ao longo dos últimos anos, estamos fartos. Precisamos mesmo é de atleta que respeite o Manto Sagrado e jogue com raça acima de tudo. Não custa nada se espelhar um pouquinho na geração vitoriosa do nosso basquete. São desses tipos de profissionais que estamos buscando, e certamente a figura de Zico tem acovardado certos jogadores acostumados com a libertinagem do futebol carioca, principalmente no “antigo” Flamengo.

Primeiramente estão fazendo a limpa no elenco. Separando o joio do trigo. Não dá para deixar de renovar com o Pet e pagar 200 pratas para o Dennis Marques. O segundo passo é sondar o mercado e ir às compras sem muito alarde e sem negociações mirabolantes que extrapolam o orçamento. Tudo de forma planejada. Reformulação requer paciência, muitas vezes discrição, “olhar clínico” das coisas e, sobretudo, responsabilidade. É de consenso geral que o Galinho não entraria em furada de iniciar um trabalho de forma melancólica, por isso, a confiança. A Copa do Mundo está sendo muito bem vinda para esta fase de transição em vários fatores do nosso futebol. Teremos um Flamengo de cara nova após a Copa e o time precisará muito do nosso apoio. E sabemos que quando se trata de casamento Nação-Time sempre é meio caminho andado para uma fase de vitórias e conquistas.