"... vamos Flamengo galinhada papar!" Bon appetit...

Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza. Esse é o dito popular que mais se aplica ao Atlético-MG neste Brasileirão. Nem lá no Chiqueirão da Porcarada se fala tanto a palavra título quanto no clube mineiro. Do treinador ao roupeiro. A carência de voltas olímpicas é tanta que a euforia tem feito o galo soltar a fraga e começar a surtar com a possibilidade de levantar o caneco este ano. Também, pudera né. Com um time cheio de pernas-de-pau que pouco sabem o que é isso, não poderia ser para menos. Se juntar o elenco inteiro deles não dá um do nosso. Tirando o Ricardinho que já tem uma história vitoriosa no futebol como titular das equipes que passou, o resto em sua grande maioria é virgem de títulos ainda. Nosso time atual é mais experiente e mais malandro. Por isso já dei o papo em textos anteriores: parada de dar uma de ‘umildi’ não é com o Fuderosão. Não é à toa que existe a máxima do ‘deixou chegar...’ Com a gente o buraco é mais embaixo. Botamos para tremer mesmo e sem convesinha fiada. Ao contrário do galinheiro que deveria estar no sapatinho calçando as sandálias da sobriedade. Mas não adianta. Clube pequeno quando começa a querer engatinhar, já quer correr. Aí precisa levar uma paulada pra ficar esperto e cair na real. Foi assim em 80 no nosso primeiro Brasileiro, 87 nas semi da Copa União, 2006 nas semi da Copa do Brasil e em outros jogos decisivos. Mesmo assim eles não aprenderam e cismam em querer cruzar o caminho do Mengão em partidas desse top.

No primeiro turno foi justamente o jogo contra o Patético que praticamente efetivou o Tromba - aos gritos de ‘Fica Andrade’ que vinham da arquibancada - o que resultou na nossa ascensão no campeonato. Na ocasião éramos apenas o nono colocado e eles estavam na primeira colocação. Ainda não éramos a tropa de elite fuderosa que temos hoje com Pet Rambo Titularzão em grande fase, o Xerifão Álvaro e o Impecável Maldonado. Mesmo assim sapecamos um 3x1 bonito de virada e tiramos a liderança dos pobres coitados que assim como no jogo deste domingo, eram considerados favoritos à vitória mesmo tendo perdido em casa para o Goiás com o Mineirão lotado na rodada anterior.
No primeiro jogo o artifício chulo que tentaram usar foi um terrozinho psicológico inútil lembrando a nossa ocasional derrota ano passado com Maraca lotado. Não deu certo.
Agora a apelação está caindo pra cima da arbitragem. Golpe baixíssimo de um clube que não à toa tem como diretor-executivo ninguém mais que o velho conhecido da torcida rubro-negra, ex-presidente do Emofogo Bebeto de Freitas, o mestre de uma das cenas mais cômicas já vistas na história do futebol: o chororô 2008.

Se estão se garantindo tanto, pra quê ficar de palhaçadinha arrumando chifre em cabeça de piolho? Macho que é macho vai pra dentro de campo e faz valer o que diz. Não fica choramingando e fazendo pressão no juiz que nada tem a ver com a freguesia atleticana.
Já basta terem ‘sacaneado’ a nossa torcida ao não destinarem o total de ingressos à que tínhamos direito. Outro golpe baixo típico de quem está se borrando de medo do que cerca de 6.400 rubro-negros seriam capazes de fazer em terreno adversário. Mas não tem erro com a gente não. Nossos guerreiros que entrarão em campo já receberam aquele característico apoio e incentivo dos mais de 400 torcedores que foram recepcionar o time no aeroporto do estado. Suficiente para chegar chegando e deixar torcida rival sem graçona já que esse tipo de recepção é para quem pode e não para quem quer. Suficiente também para mostrar aos nossos jogadores que queremos os 3 pontos e fim de papo. Essa conversa de empate é puro blefe do Willians e do Andrade. Eles sabem que à essa altura não se pode pensar em outra coisa senão a vitória seja contra quem for e aonde for se quisermos ainda continuar brigando pelo HEXA. Acredito que o time está ciente da sua responsabilidade nesse jogo e não decepcionará a Nação. E tenho dito: ‘Vamos Flamengo, não podemos perder! Vamos Flamengo, galinhada papar!’ Bon appetit ...