Passado o primeiro jogo das oitavas da Copa do Brasil e o da segunda rodada do Brasileirão, a pergunta que fica é: qual será o Flamengo que enfrentará o Inter na próxima quarta-feira? O da primeira partida que jogou bem taticamente, organizado, se impondo, marcando e saindo pro jogo ou o time totalmente desesperado e mais uma vez sem poder de fogo que atuou contra o Avaí diante de sua torcida?
Diz o técnico Cuca que a escolha por escalar força máxima no último sábado não foi a melhor, pois concluiu que deveria ter preservado alguns jogadores que não estavam totalmente bem fisicamente para o jogo. Segundo Léo Moura foi perguntado quem estava em condições de atuar e todo mundo quis ir à luta. E depois do jogo veio a terceira versão do Bruno de que o time sentiu o desgaste da partida anterior e isso teria influenciado na performance contra o time avaiano.
Em quem acreditar? O que o fazer? Essa é uma questão complicada principalmente para o treinador.
Se resolve escalar força máxima e o time não corresponde, os jogadores colocam a ‘culpa’ no jogo anterior. Se resolve ir com o segundo time e perde, a torcida e a imprensa chiam. E de novo o treinador fica como o vilão da história.
E na próxima quarta-feira? Caso o time não consiga a classificação, a desculpa será também o desgaste do jogo de sábado? Ou vão assumir que o time não foi competente o suficiente para sair do Beira Rio com passagem carimbada para a próxima fase?
Chega de pretextos que deixam o torcedor cada vez mais irritado para justificar a inoperância do ataque. Emerson não é aquele azeite todo que vendeu no começo. Josiel, apesar de injustiçado com a sua sacada do time, também já mostrou que a camisa do Flamengo pesa nele em competição de cachorro grande. Obina já deu tudo que tinha que dar. Imaginar que ainda possa render alguma coisa pelo Flamengo é pura falta de bom senso para não dizer outra coisa. Maxi é fraco e não é à toa que é o que menos tem oportunidades no time titular do Cuca. Everton e Erick estão muito verdes ainda e prontos apenas para compor elenco e olhe lá. Para completar a lista de quem tem tido oportunidade de matar vários jogos e não tem feito, Kléberson é outro que treinando chutes a gol durante algumas semanas faria um bem danado aos gandulas.
Tudo isso só nos leva a crer que quarta-feira será um daqueles jogos para cardíacos e nossa defesa vai ter que jogar duas vezes mais do que jogou na partida de ida. E como esperança é a última que morre, até que me provem o contrário, sairemos classificados. Mesmo nosso ataque não dando nenhuma esperança de que isso aconteça pelos pés dele. O certo é que sou rubro-negro e não desisto nunca.
Eduardo Matheus
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