Saudações Rubro Negras!

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25 de abril de 2009

Cuca: 3 meses de altos e baixos.



No dia 12 de dezembro de 2008 a diretoria anunciou Cuca como novo técnico do rubronegro. As opiniões de torcedores e ‘entendedores de futebol’ diante de tal escolha era das mais diversificadas. Parte da torcida apoiava e parte dela desaprovava, muito por causa da passagem fracassada do técnico pelo clube em 2005 e por comandos sem sucesso no Santos e Fluminense no ano anterior. Entre jornalistas e comentaristas, o senso comum era de que Cuca precisava começar a ser mais racional e menos emocional para que pudesse transmitir um equilíbrio maior para sua nova equipe. Quanto à sua competência, isso praticamente não era discutido pois os bons trabalhos em times como Goiás, São Paulo e Botafogo em anos anteriores, sempre fazendo trabalhos muito bons, revelando jogadores e implantando um estilo de jogo vistoso, acabaram o credenciando como um dos melhores no Brasil na opinião destes.

Sempre concordei com a escolha de Cuca para o momento que vivemos com provável reformulação do elenco e tendo em vista as competições que estamos disputando. Hoje (25/04) Cuca completa exatos 3 meses no comando do time (chegou no dia 25 de fevereiro) Finalista do Carioca e tendo passado para as oitava de final da Copa do Brasil sem dificuldades, parece que o caminho até agora foi muito tranqüilo, mas não foi bem assim. Mesmo estando ainda no terceiro mês de trabalho, Cuca já teve seu cargo ameaçado depois da eliminação do time na Taça Guanabara diante do Resende por causa da falta de padrão tático da equipe que até então vencia aos trancos e barrancos e pouco agradava a torcida. Dela pra cá, a eliminação tornou-se um divisor de águas no prosseguimento do treinador no clube. Ou começávamos a jogar boa ou o trabalho do técnico seria interrompido.


Vendo que algo precisava ser feito para mudar a postura do time e encaixar um jeito de jogar, Cuca resolve promover mudanças. Entre elas, o deslocamento de Léo Moura para o meio campo em busca de maior criatividade no setor e a promoção de Josiel no ataque que por hora, acabava com as chances de Obina desencantar, já que o atacante ainda não marcou na temporada, apesar de ser um jogador de enorme confiança do técnico. As mudanças aos poucos foram surtindo efeito, com o ‘lateral-meia’ jogando melhor na nova posição e Josiel marcando gols, o Mengão foi andando bem na Taça Rio e contribuindo com a permanência de Cuca no clube. Contudo, bastou uma atuação fraca com empate diante do Tigres e a derrota para o Vice da Gama que o técnico voltou a conviver com a desconfiança da torcida. Porém, mais uma vez foi ousado ao escalar o garoto Erick Flores contra o Madureira e a partir de então dar maior criatividade ao meio campo, setor tão criticado. O time começou a apresentar melhor futebol e ser mais convincente nas vitórias até as fases finais da Taça Rio.

Finalista do Estadual, a pressão em cima do nosso treinador teoricamente deveria ser menor, mas o fato dele ter sido Bi-vicecampeão no Foguinho faz com que o stigma de técnico vice volte a aparecer e o bom trabalho feito até aqui seja esquecido caso o título não vá para a Gávea. Por outro lado, se formos campeões, Cuca terá em seu currículo o primeiro título na carreira conquistado pelo Fuderosão e conquistará uma confiança maior de todos. Infelizmente, futebol é assim. Um título pode dar um pouco mais de credibilidade e uma derrota na final pode intensificar o rótulo que foi colocado no técnico e acabar com a tranqüilidade do time e principalmente do treinador para o decorrer do ano. Diante desses altos e baixos e mesmo com opiniões contra e outras favoráveis ao Cuca, o certo é que neste domingo toda a boa sorte do mundo será desejada ao técnico pelos mais de 35 milhões de flanáticos espalhados pelo planeta para que possamos levantar mais uma taça e a partir de então fazer dele um dos maiores vencedores no clube entre os técnicos que por aqui já passaram.

Por: Eduardo Matheus

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