Paira no ar o receio de alguns torcedores no que se refere à possibilidade de não irmos bem no Brasileirão, deixando até mesmo de compor o G-4 ao fim das 38 rodadas.
Esse temor se dá devido às contratações que o clube tem apresentado, consideradas “meia boca” por muitos.
A torcida, que no começo do ano, clamava pela manutenção da base do time campeão brasileiro, após seis meses de insucessos, precisa começar a entender o que é reformulação e profissionalização, a necessidade pela qual passamos de mudar completamente os moldes como é gerido o futebol e principalmente que, para isso, é preciso segurar a onda no que se refere à badalação de elenco.
O Flamengo não vai perder o seu valor ficando sem conquistar títulos esse ano.
Não podemos entrar em leilão por jogadores, como o Sheik pensou que seria feito.
No Flu vai ganhar 300 mil. Com esse dinheiro, a Patrícia disse que paga o Léo Moura e o Juan juntos. Seria incoerente pagar isso a um jogador que não vai dar retorno financeiro depois. Por isso, Dennis Marques, Gil e Álvaro - que já não renderam muita coisa – estão de saída.
A pretensão do Zico (e deveria ser de todos os dirigentes) é ter uma base forte, formar jogadores e conquistar títulos com eles, tradição que ao longo dos últimos anos fomos perdendo. Isso seria inviável se caso agora começarem a fechar contratos mirabolantes, com jogadores ganhando 300-400 mil e o clube sem nenhuma parte nos direitos federativos, já que um atleta neste nível viria por empréstimo somente. Ao contrário do que se pretende com o Love que é a compra de 50% dos direitos econômicos antes que comece o leilão pelo atacante na abertura da janela de transferências, o que por outro lado, o CSKA aguarda.
Até que as categorias de base estejam maduras o suficiente para a revelação de craques, o que demanda tempo e muito trabalho, precisaremos ter paciência.
Vamos ter que ir com o que temos e torcer muito para que o custo-benefício dos jogadores desacreditados (pela torcida) que chegam, seja satisfatório nesse período em que a gente prepara o clube para voltar a "fazer craque em casa."
O importante é montar um planejamento para que os atuais jogadores não fiquem sobrecarregados pela ausência de grandes nomes. E isso vai acontecer a partir do momento em que, primeiramente, paguem os salários
Quem sabe adicionando uma pitada de sorte a esses ingredientes, a gente possa surpreender e ir bem melhor do que imaginamos atualmente? Meu lema será acreditar sempre. Afinal, se com times de nível inferior já fizemos bonito, por que esse elenco com Bruno, Angelim, Juan, Léo Moura, Pet, Renato, Willians não merece nosso crédito?
Só em saber que não precisamos freqüentar a série repudiante do Nacional para viver essa tão esperada (embora incompreendida por muitos) transformação, dá um alívio a quem pensou que o futebol do Flamengo não tinha mais solução.