Saudações Rubro Negras!

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23 de janeiro de 2010

Estreia, gols e muito amor.




Love estreou.

O palco não foi o ideal. A galera também não compareceu como alguns esperavam.
Justificável. Engenhão é uma merda para se chegar, o adversário era o Bangu, sol de 40 graus, ingressos caros, time ainda um pouco longe do considerado titular.

Love não é nenhum Adriano. Não está precisando da moral que o Imperador necessitava da Nação quando estreou. Para uns (como eu), valia o sacrifício. Para outros, nem tanto. Ainda mais que as torcidas organizadas estão guardando uma recepção digna para o Fla-Flu. Muita gente resolveu esperar. Compreensível. Aos que foram hoje, parabéns.

Voltando a falar mais especificadamente sobre o jogo e o estreante, de novo, como já era esperado, vencemos sem dar espetáculo. Nesses 6-7 primeiros jogos vai ser assim e paciência. Tem muita gente pra pegar ritmo, entrosamento e até retornar à equipe. Às vezes vai ter que ser mais na base da raça mesmo.

Nossa dupla de zaga titular pela primeira vez atuou junta em 2010 e se mostrou um pouco perdida. O meio campo também não ajudou muito com Toró errando bastante e Fernando marcando errado toda hora, o que acabou fazendo com que o Bangu tivesse uma avenida no lado esquerdo onde jogava – muito mal por sinal – Everton Silva.

Levamos alguns sustos até o final por causa da deficiente marcação nas laterais.
Mas Bruno garantiu o 2x1 com a já costumeira catimba e pelo menos 2 defesas difíceis.

No final o que prevaleceu foi a estrela do estreante. Com os 2 gols que fez colocou mais 3 pontinhos na conta do Mengo e tirou logo a pressão pela primeira bola na rede. Agora que abriu a porteira, não tem número de camisa nem olho gordo de rival para dar azar.

Ainda que a defesa do Bangu não seja parâmetro para testar o poderio da nova dupla de ataque, foi bom ter visto os dois fazendo umas tabelas e ajudando um ao outro. Pelo que parece não terão muitas dificuldades com entrosamento e entendimento dentro de campo, pois são jogadores inteligentes e de recursos técnicos diferenciados.

Além de Love, aplausos para Vinícius Pacheco que apesar do pênalti que não foi pênalti, fez uma partida muito boa, mostrando inteligência e agilidade. Esse garoto promete para 2010 se tiver maiores oportunidades. Seria interessante ter um prata da casa finalmente se firmando no time.

Não gostei de alguns jogadores, mas não vou cornetar porque há a consciência de que ainda é um pouco cedo para isso. Existe coisa a serem ajustadas e o que foi péssimo nessa rodada pode se encaixar e se achar quando o time estiver completo daqui a um ou dois jogos. As vaias ficam para o juizão, Sr. Wagner dos Santos Rosa que teve uma atuação pífia e quase prejudicou a merecida vitória rubro-negra. Quis aparecer igualzinho ao Índio na quarta-feira.

No meio de semana tem o Americano no Maraca. Mais um jogo pro Artilheiro do Amor fazer seus gols e quem sabe já brigar pela artilharia do Carioquinha e entrar cheio de gás em seu primeiro clássico no domingo. E que a relação Vagner e torcida por aqui permaneça só love como se ouviu hoje no Engenhão vermelho e preto.

15 de janeiro de 2010

Só Love. Só Love. Só Love...

Love chegou à Gávea.

Uns 100 torcedores já estavam a postos.

Armaram o circo (sem trocadilho) e recepcionaram o atacante do amor.

Como um ritual, o jogador contratado é levado ao salão nobre, faz sua declaração de amor ao time, responde algumas perguntas, puxa saco da torcida, se levanta, beija a camisa e posa para fotos.

No caso de Love ainda existe o cognome, os brincos e as tranças (agora vermelhas e pretas), o que lhe atribui ainda mais status de popstar.

Para colocar mais uma dose de ação, suspense e, sobretudo drama ao capítulo mais importante da novela que se encerra com a apresentação do atacante, minutos depois lágrimas escorreram dos olhos de Love e selaram o final feliz da transação para o bem de todos e felicidade quase geral da Nação.

A cena descrita acima foi o suficiente para Vagner conquistar cinqüenta por cento da simpatia dos rubro-negros antes mesmo sequer do primeiro treino, gol ou drible.

A poucas horas do início do Carioquinha, os holofotes - que de certa forma estavam divididos entre os clubes grandes do Rio – voltam-se com mais destaque ao Mais Querido do Brasil.

Tudo isso suficiente para mostrar que a observação de Andrade se referindo ao ataque ‘Império do Amor’ foi, apesar de um tanto quanto marrenta, bem colocada. Do contrário, a vinda de Vagner não teria tanta badalação assim. Ou seja, teoricamente é de se tremer na base com a dupla.

O fato é que no papel (leia-se escalação do ataque) e na lente das câmeras está tudo muito primoroso. Nossa presidenta já conquista o primeiro ponto com a galera.

Agora está nas mãos do Tromba fazer a dupla dar certo. Creio que não será uma missão muito difícil para nosso inteligente treinador, apesar de alguns cornetas não compartilharem da mesma opinião.

Prato cheio também para o departamento de marketing do clube. Se até ‘El Loco’ tem agitado a cachorrada lá no Canil, imagina o que a marca Love num pode fazer movimentar? É só aproveitar a empolgação da torcida que ainda celebra o hexacampeonato e planejar boas estratégias. Afinal, o que entrar é lucro. Literalmente.

Bem vindo Vágner. Honre suas lágrimas, suas palavras e principalmente a dificuldade que foi até que chegasse esse momento. Conquiste a Nação com gols e títulos. Assim como o Impera, agora chegou a sua vez de brilhar com a camisa a qual torce e então terás o reconhecimento da torcida que faz a diferença. Tamo junto.

5 de janeiro de 2010

Fellype Gabriel: Com Andrade, renderia fácil.

Infelizmente esta cria da Gávea não foi feliz enquanto teve a oportunidade de atuar entre os profissionais do Flamengo. De porte físico mediano para fraco, Fellype, apesar de demonstrada alguma habilidade não conseguiu se firmar com os treinadores que passaram pelo Mengão, haja vista o momento complicado que passávamos naquele ano de 2005.

Talvez um pouco jovem demais e por vezes carregando a responsabilidade de ser o cara que teria que desequilibrar no time, fama esta herdada das categorias de base a qual o Sr Kléber Leite como sempre fazia questão de colocar tal peso nos ombros dos garotos que subiam, tratou de atrasar ainda mais o processo de amadurecimento profissional da jovem promessa.

Em 2005 ainda virou motivo de chacota pela própria torcida devido aos súbitos vômitos durante os intervalos das partidas, situação não explicada claramente pelo departamento médico. Após grave contusão, voltou aos gramados no final de 2006 quando fez suas últimas partidas pelos clube e saiu deixando em alguns torcedores a sensação de que poderia ter se tornado um grande jogador com o Manto se na época tivéssemos um time como os de 2008-2009.

Hoje, com Pet, Adriano, Léo Moura e cia, as chances de Fellype Gabriel se tornar um jogador de destaque seriam bem maiores. Talento ele tem, pois agora mais maduro, tem mostrado seu potencial na Portuguesa-SP. Se existe alguém que iria fazê-lo encaixar no nosso time, este atende pelo nome de Andrade. Assim como recuperou Zé Roberto e fez o Everton deslanchar, o Tromba ia encontrar também a fórmula para fazer a estrela dele brilhar de uma vez por todas em um time grande, o qual foi revelado e enfim com jogadores que tornam a arte de jogar bola mais fácil.

Infelizmente o Flamengo mais uma vez não soube lapidar esta jóia. O oba-oba dos cartolas e os elencos ruins que formamos ao longo da passagem de Fellype Gabriel pela Gávea aliada à falta de paciência da torcida foram determinantes para isso. Hoje, se ainda estivesse vestindo as cores rubro-negras seria uma boa peça para compor nosso elenco, pois vale lembrar que possui características parecidas com as do Everton que lamentavelmente deixou o clube esta semana.