Saudações Rubro Negras!

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20 de maio de 2009

Castigo ou ironia do destino?


O Flamengo entrou no jogo quase que como um azarão, afinal, todo mundo ou a maioria dos anti-flamenguistas imaginaram que seríamos massacrados no Beira Rio.
Nada disso aconteceu. O Flamengo, mesmo não muito organizado em alguns momentos do jogo, conseguiu jogar de igual para igual. Se impôs, e até dado momento da partida conseguia a tão duvidosa classificação.


Começamos bem, marcando sobe pressão e levando o Inter ao erro para então dar o contra golpe que seria fatal. Estratégia que até certo momento do primeiro tempo deu certo. No final da primeira etapa o time começou a dar mais espaços, levar pressão do Inter e numa jogada onde ninguém imaginava que poderia se originar o gol colorado, Juan errou ao tentar atrasar a bola para Aírton e esperto, Nilmar se aproveitou da bobeada rolando para Taison abrir o placar. Ironia do destino. Logo o Juan que protagonizou um bate boca com o Cuca no dia anterior e já vinha sendo criticado pela torcida pela caída de rendimento após o Estadual.


O time não merecia sair derrotado do primeiro tempo, afinal, o adversário não jogou tanto para merecer a vantagem. Mesmo assim não havia porque esmorecer. O jogo estava bem igual, até jogávamos ligeiramente melhor. Ainda tínhamos chances de empatar, embora o ataque estivesse como de costume, inoperante.


De volta para o segundo tempo, a equipe precisando de pelo menos um gol acabou obrigado a arriscar um pouco mais e foi o que aconteceu. O Inter tentava os contra ataques mas parava na boa marcação dos nossos zagueiros e volantes. A partida se tornou um jogo de xadrez, pois eles temiam sair demais em busca do segundo gol e levar o empate, em contrapartida, nós não podíamos sair de qualquer maneira para não enterrar de vez a possibilidade de classificação.


Cuca resolveu mexer. Tirou Zé Roberto e colocou Emerson. Poderia ter fechado os olhos e escolhido à dedo qual dos dois atacantes tiraria, pois nenhum dos dois negões conseguia concluir uma tabela que resultasse em finalização. Mas nosso treinador optou pelo Zé Preguiça que até correu bem hoje, o que é muito pouco para o que estamos precisando.


Emerson entrou e mostrou estrela, coisa que o Obina nem sabe mais o que é. Machucado, o camisa 11 finalmente soube aproveitar o cruzamento rasteiro de Kléberson e empurrou para o fundo das redes. O ataque enfim desencantou e a classificação estava próxima, pois o jogo já se encontrava pra lá da metade.


A partir do gol de empate não sei o que passou pela cabeça do time. Ao invés de incorporar o espírito argentino, prender a bola, fazer cera e jogar na base da raça esperando o apito final do árbitro, simplesmente demos campo ao Inter que mesmo sem muita criatividade e mais na base do desespero, começou a jogar bola na área. Vendo o chuveirinho que fazia a equipe colocada, Cuca resolveu colocar o garoto Wellinton no lugar de Emerson, unindo o útil ao agradável, já que o atacante estava machucado e o zagueiro tiraria proveito da sua boa estatura para ajudar a combater as bolas alçadas.


Mesmo na base do chutão pro alto e lançamentos sem noção do Bruno para o campo de ataque como se estivéssemos perdendo, o time até então conseguia se virar do jeito que podia. Contudo, mais uma ironia do destino aconteceria. E dessa vez seria dupla. Depois de uma falta feita por Ibson um pouco atrás da entrada da grande área aos 44 minutos do segundo tempo, Andrezinho cobrou e guardou, aproveitando-se do defeito do Bruno de ficar meio perdido e paradão em cobranças de falta desse tipo.


No dia de anunciado o retorno de Petckovic, o herói do gol de falta que deu o terceiro tricampeonato estadual ao clube, o Flamengo experimentou do veneno usado contra os cruzmaltinos e deu adeus a Copa do Brasil com um gol parecido de um ex-rubro-negro que aqui nem falta batia e hoje joga uma bola redondinha no clube gaúcho.

Depois, na base do abafa o time saiu loucamente para tentar novamente o empate. Até Bruno foi para o ataque. Em vão. A essa altura do jogo na casa do adversário, somente um milagre nos classificaria. Talvez teria faltado a entrada do Jesus da Gávea Josiel ou do Messias Adriano, que sem condições de jogo, só poderia transmitir pensamento positivo e mais nada.

A tristeza pela eliminação fica, mas embora de novo tenhamos perdido mais uma partida para nós mesmos, contrariando muitas expectativas, fizemos jogo duro com o poderoso Internacional que soube se aproveitar dos nossos erros e por isso, sai merecidamente classificado. Para nós fica mais uma lição para a coleção de lições negativas a cada eliminação. Depois dos moles nas Libertadores passadas, agora mais uma vez o time sai de uma competição por incompetência própria, o que deixa o sentimento de que fomos mais uma vez castigados. Agora não adianta lamentar nem chorar. O Brasileiro, que ainda é obrigação, está aí e já precisamos mostrar reação na próxima rodada. E que daqui para frente o destino seja um pouco mais piedoso com a gente.

Eduardo Matheus.

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